"Jornalismo, independentemente de qualquer definição acadêmica, é uma fascinante batalha pela conquista das mentes e corações de seus alvos: leitores, telespectadores ou ouvintes. Uma batalha geralmente sutil e que usa uma arma de aparência extremamente inofensiva: a palavra" (Clóvis Rossi)

terça-feira, 20 de março de 2012

APRESENTAÇÃO

Não é de hoje, e provavelmente vai continuar sendo infinitamente, que o jornalismo desperta um grande fascínio, tanto nas pessoas que o fazem como nas pessoas que o apreciam. Parafraseando Clóvis Rossi, o jornalismo lida com uma arma por muitos subestimada: a palavra. E a palavra, como muitos já disseram, tem mais poder do que uma simples junção de letras, de códigos. Palavra é semântica, é significado. Significado esse que é atribuído direta ou indiretamente pela pessoa que a pronuncia, que a escreve.
No jornalismo, não é diferente. Feito por humanos munidos de opinião, de contexto social, de formação cultural, e de diversos outros fatores, esse batalha está muito longe de ser neutra. Informar com neutralidade se mostra uma tarefa árdua, da qual nem sempre temos o controle.
Cientes desse poder da palavra e da importância da mídia na sociedade, somos instigados por uma preocupação em avaliar uma possível tendência por parte dos jornais em detrimento de algo ou alguém.
No trecho abaixo, retirado do artigo “Cobertura d’O Jornal de Hoje na campanha para governador do Rio Grande do Norte em 2010: Valências e enquadramentos”, por nós escrito, deixamos claro a finalidade desse blog:



 “A mídia, aponta Miguel (2002), é o principal meio de difusão de idéias e projetos políticos, “o local em que estão expostas as diversas representações do mundo social, associadas aos diversos grupos e interesses presentes na sociedade.” (p. 163). Por esse motivo, no período eleitoral torna-se evidente a preocupação em torno de uma possível tendência ao favorecimento e promoção de determinados políticos ou partido. Essa preocupação se torna pertinente, sobretudo, porque entre o fato e a notícia há sempre a mediação de um jornalista, condicionado por sua formação cultural além da linha editorial do veículo de comunicação. Desse modo, é praticamente impossível informar com neutralidade”

Falar sobre a impossibilidade de informar com neutralidade e não falar sobre política parece redundante, afinal, sabemos que aqui no Brasil e em muitos outros lugares, os políticos parecem estar em todos os lugares, inclusive no comando de meios de comunicação.

Para analisar essa possível imparcialidade, estudiosos do jornalismo criaram diversas formas: análise semântica, colocação do texto no jornal, espaço dado a notícia e diversos outros meios, são apenas alguns dos exemplos.  Para o trabalho que desenvolveremos nesse blog, utilizaremos um “tal de enquadramento”, do qual falaremos no próximo post.


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