“O enquadramento, nesse caso é ‘orientado por eventos que geram reações individualistas na audiência, em lugar da consideração de argumentos orientados a fatores sociais ou estruturais mais amplos’” (PORTO, 2001, p. 3)
Nesse tipo de enquadramento, as matérias se limitam basicamente a relatar elementos isolados. No trabalho que realizamos sobre a cobertura do Jornal de Hoje na campanha para Governador do Estado do Rio Grande do Norte em 2010, as matérias enquadradas como episódicas, tratavam principalmente de eventos da campanha e de episódios isolados.
É importante salientar que no enquadramento episódico as matérias se ocupam basicamente de relatar os acontecimentos de maneira DESCRITIVA. Tornando-se desse modo, muito fácil de ser identificado, pois diz respeito a descrições de episódios desprovidos de história, de contexto.
Na matéria abaixo, publicada na edição de 02 de setembro de 2010, é possível distinguir o enquadramento episódico.
Luiz Almir: “Em política, só se diz ganhou após urnas abertas
Na matéria acima, a primeira impressão que temos é que se trata de um enquadramento interpretativo, pois traz ao texto a voz de um ator social externo, Luiz Almir. No entanto, o texto se ocupa apenas em descrever acontecimentos: o resultado das pesquisas do IBOPE, a opinião do deputado estadual, sua posição de apoio à candidata Rosalba Ciarlini depois de ter apoiado Iberê publicamente. Por fim, a matéria descreve as ações do candidato para cuidar de sua própria reeleição. Como característica principal do enquadramento episódico, a matéria se desenrola com base na descrição.
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